Os 30 brasões florais que representam as armas das cidades capitais de distrito do país, bem como das antigas províncias ultramarinas, no Jardim da Praça do Império, desaparecem para dar lugar a um espaço relvado. Esta é a solução que consta do projeto que mereceu a preferência do júri do concurso de ideias lançado pela Câmara de Lisboa para a requalificação do jardim de Belém. A escolha vai amanhã a debate na reunião da autarquia, para ratificação da decisão do júri, que definiu um vencedor, e um segundo e terceiro classificados.
A ser acolhida pelo executivo camarário, como é expectável, a proposta vencedora promete relançar a polémica de há dois anos, quando foi conhecida a intenção da autarquia de acabar com os brasões evocativos das antigas colónias. "Não faz sentido estarmos a gastar dinheiro a recuperar símbolos que já não existem", afirmou então o vereador da Estrutura Verde. Nu m comunicado emitido nessa altura, o gabinete de José Sá Fernandes garantia que a autarquia não iria despender "recursos financeiros a recuperar os brasões criados pelo Estado Novo das antigas colónias portuguesas e que há muito não existem, nem sequer como arranjos florais no local" o que é uma vergonha e nao é de todo a vontade dos cidadãos portugueses mas um acto isolado de fundamentalismo politico.