Chega de insegurança em São João da Talha!

  • by: Sjtalha Online, SJTalha Online
  • recipient: Rui Amado, Presidente da Junta de Freguesia de São João da Talha, Junta de Freguesia de São João da Talha
Chega de insegurança em São João da Talha!
Para: Presidente da Junta de Freguesia de São João da Talha, Presidente da Câmara Municipal de Loures e Ministro da Administração Interna



Face ao clima de insegurança que é sentido na Freguesia de São João da Talha, agravado pelos últimos incidentes, a população sente-se no direito e no dever de denunciar e transmitir o seu descontentamento e desilusão perante a inércia daqueles a quem confiámos a resolução destes problema.

É, pelo contorno dos problemas que abaixo assinamos, importante sublinhar a priori que este não é um movimento racista, discriminatório ou partidário; pelo que não se encontra qualquer partido ou organização de pressão por base, mas apenas um grupo de cidadãos descontentes e cansados deste problema que é sim social, cultural e de segurança pública.





São João da Talha é hoje uma terra sem lei onde a polícia não consegue impor a ordem ou a justiça. No dia 20 de Outubro de Outubro quatro agentes da PSP foram violentamente agredidos e posteriormente hospitalizados após perseguirem dois jovens que tinham acabado de furtar uma viatura à mão armada. Não obstante, estes indivíduos ignoraram a autoridade e colocaram-se em fuga a alta velocidade, colocando em perigo a vida de todos aqueles com quem se cruzaram. Logo após terem embatido contra uma viatura pesada fugiram para o acampamento que circunda a Escola Secundária de São João da Talha. Os agentes que seguiam no seu encalço, mal saíram do seu carro foram agredidos e apedrejados por dezenas de elementos da mesma comunidade, familiares dos assaltantes, tendo os agentes agredidos sido salvos apenas pela rápida intervenção de outros agentes. Deste roubo à mão armada, perseguição em alta velocidade, fuga à autoridade e agressão e hospitalização de quatro agentes não resultou qualquer apreensão! Este acontecimento foi noticiado pelo Correio da Manhã onde pode ser confirmado.




No dia 23 de Setembro, um agente da GNR foi violentamente agredido por um elemento da comunidade de etnia cigana residente em São João da Talha, enquanto prestava socorro a dois jovens vítimas de um acidente de viação. Este acontecimento pode também ser confirmado no Correio da Manhã



No dia 30 de Março do presente ano, teve lugar uma rusga policial levada a cabo por 120 militares do Destacamento da GNR de Loures e 19 elementos da Polícia Judiciária aos acampamentos que rodeiam a Escola Secundária de São João da Talha, da qual resultou a apreensão de 7 pessoas, oito pitbulls, uma rotweiller e 15 cães rafeiros que eram usados para assaltos a alunos da Escola Secundária. Para além destes, 39 pessoas foram levadas para identificação.
Os detidos, de 20 e 60 anos, eram suspeitos de mais de 50 crimes de burlas, sequestros, assaltos a estabelecimentos, furtos, roubos e uso de identidades falsas. O detido de 60 anos usava identidades falsas para burlar as vítimas. Passava cheques com nomes falsos e com eles adquiria viaturas e mercadorias. Fazia-o há mais de dois anos. O detido de 20 anos era já procurado pelas autoridades e aguardava julgamento em prisão domiciliária no Estoril onde rebentou a pulseira e fugiu para São João da Talha. Os restantes detidos, para além de assaltarem com cães, sequestravam, obrigando as vítimas a entrar num carro e a dirigirem-se a um Multibanco para levantar dinheiro.
Uma vez mais isto pode ser confirmado no Correio da Manhã.



Para além destes mais recentes incidentes, nos últimos anos têm ocorrido, com uma média de uma por ano, rusgas a estes acampamentos nas quais é apreendido vário material roubado, contrafeito, droga, armas de fogo e pessoas que fugiram à lei. Quando estas mega-operações acontecem, para além do acesso à Escola Secundária de São João da Talha ser dificultado, é normal a presença de vários elementos da polícia fortemente armados dentro desta mesma escola, enquanto decorrem aulas normalmente.
Depreende-se deste facto que existe o risco de troca de tiros ou de fuga aos quais os alunos estão sujeitos e podem facilmente ser vítimas.




A causa destes problemas é bem conhecida e reside na comunidade que habita em torno da Escola Secundária em São João da Talha. Esta comunidade reside na nossa freguesia há mais de 20 anos e nunca estes problemas foram encarados de frente, sendo sempre ignorados por todos os que tinham o dever de, pelo menos, o considerar como um problema. Não obstante, apenas agora é publico que existe uma vontade de solucionar pelo menos os graves problemas sociais com que a população de São João da Talha convive; mas tememos que a forma como esta situação está a ser encarada, não só não irá solucionar o real problema, como o ainda poderá agravar pelas razões à frente descritas:

  • O bairro social está a nascer no mesmo local onde esta comunidade viveu ilegalmente durante anos e onde durante anos tem provocado diversos problemas.
  • Não existe qualquer sinal de um real plano de reintegração social desta comunidade na sociedade que a rodeia, mas apenas sinais de realojamento. Primeiro, não adiantará tapar miséria com cimento pois ela permanecerá lá; depois, perante todo este tempo que passou, esperava-se uma solução mais eficaz e sensata.
  • Este bairro social vai nascer paredes-meias com a Escola Secundária de São João da Talha o que torna a nossa freguesia num caso inédito em Portugal. A localização deste tipo de bairro deve ser sempre feita com a atenção devida e a construção deste no mesmo local onde ainda habitam muitos dos futuros moradores deste bairro denota uma total despreocupação para com a população.
  • A comunidade estudantil de São João da Talha vai continuar a ser sacrificada com os mesmos problemas. Se durante largos anos os alunos foram assaltados, apedrejados, sequestrados e violentados, não se avista no horizonte qualquer alteração deste cenário. Receamos por isso que os jovens da nossa freguesia se afastem desta escola, procurando outras do nosso concelho mais seguras e, que com isso e a médio prazo, a Escola Secundária de São João da Talha se veja forçada a fechar as portas.


Estamos ainda, e principalmente, descontentes com a inércia das forças polícias que demonstram não serem capaz de impor e fazer cumprir lei mesmo que os focos de insegurança estejam claramente identificados.
Durante anos São João da Talha não teve uma esquadra policial, situação que mudou há relativamente pouco tempo. E a verdade é que, ao contrário do que seria inicialmente esperado, a vinda da GNR para a nossa freguesia tem sido acompanhada por um aumento assustador da criminalidade na nossa freguesia sem que esta força policial seja capaz de se impor ou tão pouco acompanhar esta escalada de insegurança!

A esquadra da GNR de São João da Talha serve mal e de forma deficitária a população que devia servir.
Para além de estar completamente afastada do centro da nossa freguesia está especialmente longe dos reais problemas de insegurança da nossa freguesia. Para agravar esta situação, esta força policial demonstra não ser capaz de resolver problemas tão básicos como garantir a segurança dos alunos da Escola Secundária desde a porta da mesma até à paragem de transportes colectivos. E os factos dizem-nos que a policia não tem capacidade, força ou meios para sequer entrar no aglomerado de barracas que estão encostadas à Escola Secundária.


Infelizmente, nada nos leva a crer que a situação mude depois da substituição destas barracas por um bairro social. Tememos até que esta situação se agrave sem que a GNR possa fazer algo.





Existe também um sentimento de injustiça partilhado por todos aqueles que cresceram de alguma forma em São João da Talha. Toda a gente tem direito a apoio social, especialmente aqueles que vivem com extrema dificuldade e com falta dos elementos fundamentais à vida humana. Esperamos por isso que, se algum de nós se vir privado das condições mínimas para a sobrevivência, exista uma estrutura para nos apoiar. Partimos sempre deste princípio mas com a certeza que esta ajuda será sempre dada de forma justa e imparcial para com a restante população.


Os acontecimentos frequentes levam-nos a pensar que os futuros moradores do bairro social são pessoas incapazes de cumprir a lei e que vivem constantemente a desafiá-la. Para todos aqueles que cumprem a lei e vivem respeitosamente em harmonia, o premiar de um comportamento desfasado da realidade com uma casa nova é visto como injusto e a precisar de, no mínimo, um esclarecimento público. Para além disto é também notório que estes que têm este comportamento acima da lei percebem que estão a ser premiados e desta forma encorajados a manter esta postura.

Existe, por isto, a necessidade de tornar público qual o retorno que vai ter a Freguesia de São João da Talha com a construção deste bairro social, coisa que até agora ainda não foi feita.




Serve por isso este abaixo-assinado para:

  • Transmitir às pessoas responsáveis, Presidente da Junta de Freguesia de São João da Talha, Presidente da Câmara Municipal de Loures e Ministro da Administração Interna, o clima de insegurança que existe em São João da Talha devido à incapacidade das forças policiais em fazer cumprir a lei e manter a ordem.
  • Pedir um reforço policial efectivo para aqueles que têm o dever de manter em segurança a opulação. É mais do que claro que os meios actuais são poucos e insuficientes para restabelecer a confiança da população nas forças policiais.
  • Denunciar a forma errada, contraproducente e inconsciente com que o problema social mais grave de São João da Talha está a ser tratado pela Junta de Freguesia de São João da Talha e pela Câmara Municipal de Loures.
  • Mostrar o descontentamento pela construção de um bairro social com características únicas em Portugal, que vai nascer em redor de uma escola secundária sem haver sinais de preocupação com a real reintegração dos futuros moradores deste bairro mas tendo apenas a preocupação de tapar pobreza com cimento.
  • Pedir um esclarecimento público por parte da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal. Ambos têm à sua disposição vários boletins informativos que usam para informar a população da obra feita. Estes boletins, pagos com o nosso dinheiro, não podem ser usados apenas para propaganda eleitoral!
  • Demonstrar a preocupação em saber qual o retorno para a Freguesia de São João da Talha da construção de um bairro social naquele local e naquelas condições, quais as responsabilidades inerentes à entrega de uma casa e de que forma se espera controlar o cumprimento destas responsabilidades. Um realojamento deve sempre ser feito com objectivos claros e vantagens para toda a população.
  • Exprimir a preocupação com a comunidade escolar de São João da Talha. Os nossos estudantes continuam a ser vítimas diárias da insegurança que vivemos na pele. Não admitimos que os nossos jovens tenham medo de ir para a escola! E também não admitimos a possibilidade destes mesmos jovens se afastarem da nossa escola para outras escolas mais seguras, podendo mesmo levar, num futuro próximo, ao encerramento daquela que é já uma referência para todos os que vivem em São João da Talha.
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